A história da Companhia Paulista de Estradas de Ferro

25/12/2015 - Jornal GGN

A Editora Memória do Trem lançou recentemente o livro História da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, resultado de um projeto com pesquisa de mais de 15 anos.

Ricamente ilustrado, o livro dá detalhes de como a CPEF foi formada, fala sobre o ambiente político da época, o material de tração rodante utilizado pela ferrovia. Aborda também todos os detalhes que levaram a CPEF a ser considerada a mais bem organizada e eficiente ferrovia do Brasil. Um patrimônio nacional idealizado e administrado por capitais brasileiros.

Fonte: Companhia Paulista de Estradas de Ferro

Enviado pelos Ferroviários Sorocabana, via Facebook

Da Veja São Paulo

Livro traça a história da Companhia Paulista de Estrada de Ferro

Por Maurício Xavier e Adriana Farias

Pesquisador relata o auge e a queda do negócio

As ferrovias apareceram no século XIX durante a Revolução Industrial. Uma das pioneiras por aqui foi a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Ela surgiu em 1868, e virou tema de livro homônimo recém-lançado (Editora Memória do Trem; 240 páginas; 78 reais). Em seu trabalho, o pesquisador Rafael Prudente Corrêa Tassi detalha o esplendor e a derrocada do negócio.

A empresa tornou-se a primeira no Brasil a usar, em 1921, energia elétrica para movimentar seus comboios (antes, a tração era a vapor). Ao se conectar com a São Paulo Railway, rebatizada de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, ela estabeleceu importante ligação entre o interior, a capital paulista e o litoral. No auge, somou cerca de 2 150 quilômetros.

Uma de suas locomotivas mais curiosas era conhecida como V-8. Em 1989, a máquina bateu o recorde brasileiro de velocidade sobre trilhos com a marca de 164 quilômetros por hora. No governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), que privilegiou o setor rodoviário e a indústria automotiva, a companhia entrou em decadência. Hoje, tem apenas cerca de 500 quilômetros. Os trechos em funcionamento são para transporte de carga, passando pelas cidades de Jundiaí, Itirapina, Pradópolis e Bauru.