Ferrovia Norte-Sul passará por 29 municípios do RS, diz ministro

22/08/2015 -  G1 RS / Diário da Manhã / O Nacional - RS

O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, apresentou nesta sexta-feira (21) o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Ferrovia Norte-Sul durante evento na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Zona Norte de Porto Alegre. Segundo ele, o trecho gaúcho da ferrovia deverá passar por 29 municípios entre as regiões Norte, Noroeste, Central e Sul.

Entre as cidades, estão Seberi, Palmeira das Missões, Panambi , Cruz Alta, Júlio de Castilhos, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Cristal e Rio Grande. O orçamento estimado para o traçado, entre Chapecó (SC) e o Porto de Rio Grande, que abrange 833 quilômetros, é de R$ 8,7 bilhões. Ao todo, o estudo apontou que a ferrovia passará por 82 municípios em quatro estados, com extensão total prevista de 1.731 quilômetros.

"A ideia é trabalhar com sistema de concessões e para isso acontecer precisamos da sinalização firme e positiva por parte de empresários, gaúchos, catarinenses, paranaenses, de outros Estados e estrangeiros também", disse Rodrigues.

A reunião foi promovida pela bancada federal gaúcha em parceria com a Fiergs. O secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, que representou o governo estadual, defendeu o início das obras pela Região Sul.

"A decisão da ferrovia está tomada e agora estamos em busca de investidores para viabilizá-la. A vinda do ministro consolida e dá um novo patamar para essa nova fase da ferrovia, que trará a intermodalidade necessária para o estado diminuir os custos logísticos", disse o secretário gaúcho.

Diário da Manhã – Passo Fundo/RS

Evento ocorreu nessa sexta-feira com presença de industriais, prefeitos e parlamentares federais e estaduais

O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, apresentou, na sexta-feira (21), na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), os resultados do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Ferrovia Norte-Sul, entre Rio Grande (RS), Chapecó (SC) e Panorama (SP). O trecho gaúcho deverá abranger 30 municípios e terá 833 quilômetros. "A ideia é trabalhar com sistema de concessões e para isso acontecer precisamos da sinalização firme e positiva por parte de empresários, gaúchos, catarinenses, paranaenses, de outros Estados e estrangeiros também", explicou Rodrigues, no evento que reuniu industriais, deputados estaduais e federais, prefeitos e a senadora Ana Amélia Lemos.

Ao destacar a mobilização da Região Sul para implantar a ferrovia, o ministro relatou que em julho recebeu uma comitiva de parlamentares, quando firmou compromisso que os resultados do projeto seriam mostrados a todas as bancadas. "Fizemos isso em 12 de agosto. Hoje estou aqui para discutir o resultado desse importante trabalho. Nunca vi as bancadas dos três Estados tão unidas. Parabéns. Isso foi muito importante para que acontecesse", salientou.

O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, propôs que as obras se realizem no sentido Sul-Norte, ou seja, comecem pelo Rio Grande do Sul. "Desta maneira, teremos a integração mais rápida da malha ferroviária estadual, beneficiando a produção que se destina ao porto de Rio Grande", argumentou. "Essa ferrovia é uma das mais antigas aspirações do setor de transportes do Estado, e mereceu prioridade no estudo Sul Competitivo, realizado em conjunto pelas Federações de Indústrias do Paraná, Santa Catarina e a FIERGS, com o apoio da CNI. Assim, teremos um ganho logístico muito importante para os setores produtivos gaúchos", salientou Müller.

O secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, que representou o governador José Ivo Sartori no evento, também reforçou a proposta: "Que essa ferrovia inicie pelo Porto de Rio Grande". O coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, Giovani Cherini, lembrou do esforço da Agenda 2020 em apontar soluções para a infraestrutura dos modais de transporte e solução dos gargalos de logística. "Essa área no Rio Grande do Sul está muito atrasada em comparação com outros Estados. Na nossa unidade, na união e no diálogo, quem sabe encontramos o bom caminho para o RS", ponderou o parlamentar. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum, avaliou que a construção da rodovia já movimentaria a economia do Estado. Depois de pronta, ainda contribuiria para a exportação de grãos, móveis e outros produtos, diminuindo o valor do frete.

A deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), coordenadora da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Ferrovia Norte-Sul, observou que o EVTEA representa um avanço de projeto, mas não é uma garantia de realização. "O que temos de concreto é uma faixa do traçado que prevê o benefício para muitos municípios e projetos logísticos. Temos condições de avançar para que o projeto saia do papel, começando a buscar as empresas interessadas em realizar a obra", argumentou.

Obra representa alternativa eficiente para escoamento da produção

A Ferrovia Norte-Sul faz parte de um programa inserido no Plano de Integração Nacional. A área de influência é o somatório de todas as microrregiões brasileiras que constam no cadastro do IBGE. O traçado proposto pelo estudo considera o equilíbrio entre os pontos de captação de carga, os aspectos de relevo da região e os custos de implantação e de operação do sistema futuro. Entre os critérios abrangidos estão: afastamento das áreas urbanas, traçado mais retilíneo possível (eficiência operacional), uso do conceito de Polos de Carga (pátios de carregamento) definidos no Estudo de Mercado, integração com a infraestrutura de transporte existente e pequenas distâncias do modo rodoviário.

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental da Ferrovia Norte-Sul (EVTEA) do trecho Sul começou a ser realizado em 2012 e custou R$ 9,8 milhões. O levantamento abrange 1.731 km, sendo 833 km em solo gaúcho. O trecho cruzará por 82 municípios de quatro Estados: oito em São Paulo, 31 no Paraná, 14 em Santa Catarina e 30 no Rio Grande do Sul. A obra é aguardada com expectativa por todos os segmentos produtivos, uma vez que representará uma alternativa barata e eficiente para o escoamento da produção, com grandes perspectivas de incremento na exportação de produtos. O EVTEA foi elaborado pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A, empresa estatal vinculada ao Ministério dos Transportes.

O trecho ferroviário poderá ser uma nova opção de transporte para a região, principalmente para o escoamento de safras agrícolas e demais produtos em direção aos portos do Sul do Brasil, em especial Rio Grande, e também para os portos do Sudeste, por meio de conexão com a malha ferroviária existente.

Concessão do direito de exploração da ferrovia

1. A Concessionária detém o direito de exploração da Ferrovia.

2. A Valec compra a totalidade da capacidade da ferrovia, remunerando a concessionária por uma tarifa (Tarifa pela Disponibilidade da Capacidade Operacional);

3. A Valec subcede, a título oneroso, partes do Direito de Uso aos Usuários;

4. A concessionária presta serviços de operação diretamente aos usuários, que é remunerada através de outra tarifa (Tarifa de Fruição), na medida da utilização da ferrovia.

O Nacional - RS

Ferrovia Norte-Sul deverá passar por 29 municípios no RS

A garantia foi dada pelo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, durante o evento de apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Ferrovia Norte-Sul, nesta sexta-feira (21).

O trecho da Ferrovia Norte-Sul que cruza o Rio Grande do Sul está definido. O orçamento estimado para o traçado, entre Chapecó (SC) e o Porto de Rio Grande, que abrange 833 quilômetros, é de R$ 8,7 bilhões. O trecho gaúcho deverá passar por 29 municípios, entre eles Seberi, Palmeira das Missões, Panambi, Cruz Alta, Júlio de Castilhos, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Cristal e Rio Grande.

A garantia foi dada pelo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, durante o evento de apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Ferrovia Norte-Sul, nesta sexta-feira (21), na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O encontro foi promovido pela bancada federal gaúcha em parceria com a Fiergs. O secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, foi o representante do governo do Estado na reunião.

Elaborado pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A, empresa estatal vinculada ao Ministério dos Transportes, o EVTEA indicou como referência a passagem da ferrovia por 82 municípios em quatro estados (oito em São Paulo; 31 no Paraná; 14 em Santa Catarina e 29 no Rio Grande do Sul). A extensão total prevista é de 1.731 quilômetros.

Para as lideranças políticas e industriais do Estado, o trecho ferroviário será uma nova opção de transporte para a região, principalmente para o escoamento de safras agrícolas e demais produtos em direção aos portos do sul do Brasil, em especial o de Rio Grande, e também para os portos do sudeste, por meio de conexão com a malha ferroviária existente.

Westphalen agradeceu a atenção do ministro e de suas equipes com o Rio Grande do Sul e defendeu o início da obra pela Região Sul. O secretário ainda destacou a mobilização em torno do tema entre as bancadas do Sul com o governo federal: "Temos um projeto muito abrangente de concessões ferroviárias e rodoviárias e devemos nos unir".

Ao final do encontro, Westphalen se disse otimista sobre os próximos passos para a implantação do projeto. "A decisão da ferrovia está tomada e agora estamos em busca de investidores para viabilizá-la. A vinda do ministro consolida e dá um novo patamar para essa nova fase da ferrovia, que trará a intermodalidade necessária para o Estado diminuir os custos logísticos".