Pequenos trens movidos a bateria são testados no Brasil

03/11/2012 - Invertia Terra

O VLT é uma boa saída para o transporte de pessoas em grandes e médias cidades. A Itaupu Binacional trabalha no desenvolvimento deste tipo de veículo com tração elétrica

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é apontado por especialistas como uma das boas soluções para o transporte das grandes metrópoles ou até mesmo para cidades médias. Agora imagine um VLT de tração elétrica, substituindo o tradicional, movido a diesel, e que pode custar até um terço a menos para ser implantado. Por enquanto, o VLT elétrico não saiu do papel, mas se está bem perto de virar realidade. O "mock-up", como é chamado o protótipo do VLT, produzido pela Bom Sinal Indústria e Comércio, empresa cearense sediada em Barbalha, está sendo objeto de estudos do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Movidos a Eletricidade, a usina de ideias e projetos da Itaipu Binacional. A Itaipu, localizada em Foz de Iguaçu, possui excelência no desenvolvimento de tecnologias para a fabricação de veículos elétricos - dos galpões da companhia estão sendo preparados protótipos de ônibus e até aviões elétricos.

Celso Novais, engenheiro da Itaipu e coordenador brasileiro do Projeto Veículo Elétrico (VE),explica que o trabalho está sendo dividido em duas fases. A primeira, que dever durar cerca de 18 meses, e que já está em pleno vapor, vai se concentrar apenas em transformar o protótipo original, fabricado pela Bom Sinal, movido a diesel, em um veículo elétrico. Depois, a segunda fase do estudo, que também deve durar cerca de um ano e meio, vai cuidar para que ocorra uma inovação tecnológica em relação aos modelos elétricos que operam hoje na Europa: a suspensão das catenárias, como são chamados os cabos de alimentação externos, e a substituição por baterias e sistemas de recarga - essa tecnologia já é usada em outros veículos elétricos desenvolvidos pela Itaipu, como o Palio Weekend.

"Na Europa, eles conseguiram expandir o uso dos VLTs elétricos, mas a tecnologia usada não é das mais modernas. Se a gente conseguir substituir o uso da catenária por baterias recarregáveis, isso vai representar um salto tecnológico sem precedentes na história dos veículos elétricos", afirma Novaes. Ele explica que o VLT sem catenárias não só representaria um ganho ambiental como também econômico, porque as peças externas costumam quase sempre aumentar consideravelmente o preço final do produto.



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