MRS amplia capacidade da maior ferrovia do país com centro de controle

29/09/2012 - Jornal da Cudade de Ribeirão Preto

O presidente da MRS, Eduardo Parente, afirmou que o novo centro faz parte de um conjunto de investimentos para aumentar a capacidade da ferrovia e reduzir custos.

Por Dimmi Amora

Brasília - A capacidade de transporte de carga pela maior ferrovia do país, a linha da MRS Logística, deverá ser ampliada em 10% , com a inauguração de um novo CCO (Centro de Controle Operacional) da companhia.

No ano passado, a companhia transportou 154 milhões de toneladas de produtos por suas linhas e teve um faturamento de R$ 3,1 bilhões.

A MRS é a concessionária das ferrovias que ligam Minas Gerais aos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, transportando a maior parte do minério de ferro produzido na região. É considerada a malha mais importante de ferrovias no país.

Segundo a empresa, o novo CCO é parte de um novo sistema de sinalização que está sendo implantado ao custo de R$ 300 milhões. Esse novo sistema, o CBTC (Communications Based Train Control), será obrigatório nas ferrovias americanas a partir de 2016.

O aumento da capacidade de transporte da ferrovia acontecerá porque os trens vão poder trafegar em intervalos mais curtos com a mesma segurança graças ao monitoramento eletrônico.

Em alguns trechos, a velocidade dos trens também poderá ser aumentada e testes apontaram que os ganhos podem chegar a 20%, segundo a companhia.

O presidente da MRS, Eduardo Parente, afirmou que o novo centro faz parte de um conjunto de investimentos para aumentar a capacidade da ferrovia e reduzir custos.

Segundo ele, somente em combustível, a implantação do novo CCO vai reduzir em 5% o consumo anual que é de em média R$ 500 milhões.

A inauguração contou com a presença do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e com o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), Ivo Borges, que afirmou que o novo CCO é mais um passo para aprimorar a malha ferroviária do país.

O aumento da capacidade da ferrovia ajudará na implantação de projetos que pretendem aumentar o volume de cargas não minerais transportadas pela empresa, entre eles um em São Paulo, em parceria com a empresa Contrail, para transporte de contêineres do Porto de Santos.

Parte das linhas da empresa ainda trabalham com ociosidade e ela sofre críticas de integrantes do governo por não transportar maior volume de cargas que não sejam minério de ferro.


Marcelo Almirante
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