Governo anuncia investimentos na infraestrutura logística para o agronegócio

08/08/2012 - Transporta Brasil

Conjunto de medidas será dedicado a melhorar as condições de estradas, ferrovias, hidrovias, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção agropecuária

O governo federal vai anunciar nas próximas semanas os detalhes de um pacote de investimentos voltado à infraestrutura logística, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo (SP).

Segundo Coutinho, este conjunto de medidas será dedicado a melhorar as condições de estradas, ferrovias, hidrovias, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção agropecuária. “O agro brasileiro é precioso, gerador de riqueza, emprego e renda, e melhorar a infraestrutura é um compromisso do governo”, disse.

A deficiente infraestrutura logística é um dos principais gargalos do setor, senão o maior, conforme ressaltou o presidente da Associação Brasileira do Agribusiness (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho. “O Brasil não vive um apagão logístico, a logística já está apagada.”

O presidente do BNDES pontuou, ainda, que o avanço do agro brasileiro passa por quatro elementos-chave: inovação, produtividade, criação e desenvolvimento de marcas e internacionalização. No que diz respeito ao tema compra de terras por estrangeiros, Coutinho assinalou que é preciso encontrar uma solução equilibrada para a questão, que preserve a soberania do País, dê segurança jurídica aos investidores estrangeiros e atraia capital internacional para o agro e outros setores da economia brasileira.

Na análise de Corrêa Carvalho, a falta de coordenação no governo federal para o desenho de políticas públicas integradas para o agro é um grave problema. Segundo ele, muitas decisões relativas ao setor rural estão fora da alçada do Ministério da Agricultura, espalhadas por diversas outras pastas. “Nós temos, por exemplo, quatro ministérios para tratar de temas do agro. Temos a pasta da Agricultura, a do Desenvolvimento Agrário, a do Meio Ambiente, com florestas plantadas e a da pesca também”, criticou.