Obra de terminal ferroviário começará em fevereiro

28/01/2012 - A Tribuna - Rondonópolis

Terminal da ferrovia gera a expectativa de fomentar a economia de Rondonópolis

O terminal ferroviário de Rondonópolis, denominado de Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR), está previsto para começar a ser construído neste mês de fevereiro. Agora estão sendo feitas a marcação e a limpeza de alguns pontos da área, além da finalização da parte burocrática. O empreendimento ocupará uma área de 400 hectares junto à BR-163 (saída para Campo Grande-MS), com a previsão de entrar em operação até o fim do segundo semestre de 2012. A América Latina Logística (ALL), concessionária da ferrovia que chegará ao município, estima o atendimento de mais de 1.200 caminhões por dia e a geração de 3 mil empregos.

A região do terminal ferroviário em Rondonópolis hoje já é considerada expansão urbana. A gerente do Departamento Municipal de Indústria e Comércio, Angela Maria Bandeira Cruz, explica que a Prefeitura tem auxiliado a ALL quanto à agilização dos procedimentos burocráticos necessários antes do começo da construção. Ela destaca a importância do investimento para Rondonópolis, observando que muitas empresas estão se instalando ou procurando se instalar no município em função do terminal. Nesse sentido, ressalta que a Prefeitura vem procurando promover a qualificação profissional de trabalhadores para atender a demanda. “Vai gerar muito emprego!”, reforça.

Conforme a ALL, o terminal de Rondonópolis estará apto para atender as operações de granéis, fertilizantes, combustíveis, cargas industriais e contêineres. A capacidade de carga será de 120 vagões em 6 horas, com operações independentes de carga e descarga e um sistema duplo de carregamento ferroviário, permitindo o embarque simultâneo de dois trens com produtos diferentes. A empresa pretende transportar em 2013 no complexo em torno de 12 milhões de toneladas, devendo chegar a 15 milhões de toneladas por ano até 2015.

Segundo o superintendente de Projetos Logísticos & Inteligência da ALL, Adriano Bernardi, serão aproximadamente 20 grandes empresas junto ao terminal local. Praticamente todas já assinaram os contratos com a ALL. São importantes players do agronegócio como o Noble Group, trading de commodities, que já iniciou sua construção na área. Já estão definidas 3 distribuidoras de combustível, 1 terminal de container, 2 empresas de fertilizantes, 1 fábrica esmagadora de soja e biodiesel (Noble) e o restante, empresas de commodities agrícolas, como a Bunge.

Com a ferrovia chegando até Rondonópolis, o modal ferroviário ficará mais próximo da região produtora de Mato Grosso. Além do transporte de grãos, combustível e fertilizantes, a ALL informa que tende a crescer a capacitação de cargas frigorificadas e algodão, além de cargas gerais. Adriano Bernardi reforça a importância do complexo para Mato Grosso. “Tornará as exportações do Estado mais competitivas, reduzindo o custo de transporte da fazenda ao porto. A ferrovia chegará mais próxima dos produtores, reduzindo o custo de ponta rodoviária da fazenda ao terminal de transbordo”, destacou. (Com assessoria)