São Paulo quer levar trem rápido até Ribeirão Preto

05/12/2011 - Agência T1

O governo paulista pretende fazer Parceria Público-Privada (PPP) para os trens

Com informações do Jornal O Estado de S. Paulo

Depois de atender as regiões de Jundiaí, Sorocaba e Santos, próximas da capital, o governo quer estender as linhas do trem rápido para áreas mais distantes do interior.

Projetos estão sendo pensados para levar os trens de passageiros, a uma velocidade média de 120 km/h, a Piracicaba, a 164 km da capital, e a Ribeirão Preto, a 336 km de São Paulo. As duas linhas sairão de Campinas.

De acordo com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o governo transformou em “bandeira” a volta dos trens.

“Assim que as primeiras linhas estiverem consolidadas num raio de 100 km da capital, vamos avançando no interior. Não é para que todo mundo se volte para São Paulo, mas para fortalecer as ligações regionais”, disse.

O modelo definido para as novas linhas é de composições compactas e modernas com velocidade máxima de 180 km/h, o que assegura uma média de 120 km/h.

Um bom desempenho, segundo o secretário, já que essa média equivale à maior velocidade autorizada hoje para as melhores rodovias brasileiras.

Como as antigas ferrovias paulistas não comportam trens tão rápidos, o governo terá de construir linhas novas.

As primeiras composições estarão nos trilhos a partir de 2014 atendendo a região de Jundiaí. Segundo Fernandes, o governo decidiu bancar o projeto depois que se definiu o percurso do Trem de Alta Velocidade (TAV) sem passar por Jundiaí.

“O TAV sai de Viracopos e vem direto para o centro de São Paulo, seguindo para Guarulhos, São José dos Campos e Rio de Janeiro.”

O trem rápido, com capacidade para 600 pessoas sentadas, deve sair de Jundiaí e alcançar a estação Água Branca, na capital, em 25 minutos, vencendo um percurso de 45 km.

Conforme o secretário, o projeto executivo está sendo contratado e as obras podem começar no final de 2012.

Parceria Público-Privada

O governo paulista pretende fazer Parceria Público-Privada (PPP) para os trens. Uma das hipóteses é o lançamento de uma rede envolvendo várias regiões.

Até que o modelo seja definido, a contratação das obras será feita pelo Estado. O trem rápido será integrado à Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) e ao Metrô.

De acordo com Fernandes, o objetivo é oferecer alternativa para cerca de um milhão de pessoas que se deslocam diariamente entre essas regiões e a capital.

Grande parte utiliza transporte individual, o que resulta em estradas lotadas e num tempo de deslocamento cada vez maior.

Apesar de serem áreas servidas por rodovias modernas, estas já estão congestionadas. “O Sistema Anhanguera-Bandeirantes, por exemplo, já tem pontos de trânsito parado”.

Para ele, a retomada das ligações regionais por trens é uma exigência do desenvolvimento do Estado. “Na verdade, é um programa de governo que já está atrasado.”

Plano inclui trem bala

O trem rápido deve ser integrado à rede da CPTM e ao projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo (TAV) que vai integrar os Aeroportos internacionais de Cumbica, em Guarulhos, Congonhas, em São Paulo, e Viracopos, em Campinas. O TAV não atenderá Jundiaí, mas terá uma parada em São José dos Campos.

Comentários

  1. ”Alternativa tecnicamente melhor para Tocantins, Goiás, Minas e São Paulo de expansão e trajeto da ferrovia Norte Sul”
    Proposta de extensão do trajeto para linha ferroviária Norte Sul, que além de mais vantajosa com relação à proposta original, que está planejada para passar pelos extremos oeste mineiro, Limeira do Oeste e Iturama, e paulista em Santa Fé do Sul e Fernandópolis em locais de baixas demandas e fluxo de cargas, além de um custo e tempo muito maior para a implantação e operação a se somar aos vários anos paralisadas, ela é extremamente benéfica, econômica, de mais rápida utilização e tecnicamente mais conveniente principalmente para uma região importantíssima em Minas, o Triângulo Mineiro, que de sua divisa com Goiás no município de Itumbiara como Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal, até adentrar ao centro norte de São Paulo na cidade de Colômbia, se irá restaurar, reaproveitar e revitalizar praticamente 100% das malhas paulistas e mineiras existentes rumo ao interior que hoje se encontram ociosas ou subutilizadas, além do fato de terminar exatamente no mesmo local, o município de Panorama, podendo eventualmente ser utilizada para os futuros trens regionais de passageiros entre São Paulo e Brasília, algo que se torna inviabilizado se for mantida a atual proposta original política, ou ainda por Araguari, Uberlândia, Uberaba, Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí e São Paulo atualmente servidas por uma ferrovia particular, que poderá ser revigorada, uma vez que hoje funciona de forma precária a F C A antiga Mogiana que recentemente devolveu centenas de km de linhas e utiliza a bitola métrica e poderá instalar a mista e que finalmente poderá ter sua ligação consistente com São Paulo rumo ao porto, que é logisticamente mais conveniente, evitando que haja um trajeto inútil “passeio” pelo interior, e mais centenas de km de ferrovias paulistas tenham o mesmo destino das devolvidas pela FCA, ou seja o sucateamento.
    O texto complementar completo referente ao estado de SP pode ser visto em “Abrir os gargalos” na Revista Ferroviária, ou em São Paulo TREM jeito, onde consta um mapa ilustrativo.
    “Como conseguir 700 km de ferrovias a custo mínimo” de Paulo Roberto Filomeno

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