Obras da ferrovia Norte-Sul demoram para deslanchar

12/06/2011 - Diarioweb - São José do Rio Preto/SP, Liza Mirella 

Divulgação/Valec 
Canteiro de obras em Ouro Verde (GO): início da construção 

Orçadas em R$ 2,5 bilhões, a previsão inicial é de que da extensão sul da Ferrovia Norte-Sul, entre Ouro Verde (GO) e Estrela d´Oeste (SP), termine em dezembro de 2012, mas até agora menos de 1% das obras está em andamento. De acordo com a Valec Engenharia, empresa pública responsável pela construção e operação das obras, a fase é de terraplanagem e implantação dos canteiros de obras. Ao todo, são 670 quilômetros de extensão. A Valec também explica que o prazo para entrega pode ser alterado ao longo da construção da ferrovia. 

As obras começaram em abril em Goiás. Hoje, são 0,73% do conjunto. O trecho é dividido em cinco lotes, dos quais o mais avançado é o primeiro, naquele Estado. Paralelamente, estão sendo feitas as desapropriações de terra. De acordo com a Valec, são cinco canteiros de obras em fase de término ao longo do trecho. Eles ficam em Goianira, Indiara e Santa Helena de Goiás, São Simão, todas cidades goianas, e Iturama, em Minas Gerais. Em Estrela d´Oeste foi montado um escritório da Valec Engenharia. 

O trecho da ferrovia que compreende Estrela d’Oeste tem 142 quilômetros e foi licitado por R$ 434,3 milhões. As obras estão sendo conduzidas pela empreiteira Tiisa Triunfo Iesa Infraestrutura. No Estado de São Paulo, a ferrovia percorre 66 quilômetros em nove municípios: Dolcinópolis, Estrela d’Oeste, Fernandópolis, Guarani d’Oeste, Jales, Ouroeste, Populina, Turmalina e Vitória Brasil. 

Outra fase 

O prolongamento de 220 quilômetros da ferrovia, entre Estrela d’Oeste e Panorama, ambas em São Paulo, está em fase de elaboração do estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental. Essa conclusão está prevista para o mês de setembro. 

Isso quer dizer que ainda não há um traçado definido, ou seja, não há definição sobre quais cidades a ferrovia vai passar. Depois de três alternativas apresentadas, a melhor será escolhida. A expectativa é de que o projeto executivo da obra seja publicado ainda neste ano. O trecho a partir de Panorama, até Porto Murtinho (MS) tem mais 750 quilômetros de extensão, mas ainda não começou nem a fase de estudo. 

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Comentários

  1. ”Alternativa tecnicamente melhor para Tocantins, Goiás, Minas e São Paulo de expansão e trajeto da ferrovia Norte Sul”

    Proposta de extensão do trajeto para linha ferroviária Norte Sul, que além de mais vantajosa com relação à proposta original, que está planejada para passar pelos extremos oeste mineiro, Limeira do Oeste e Iturama, e paulista em Santa Fé do Sul e Fernandópolis em locais de baixas demandas e fluxo de cargas, além de um custo e tempo muito maior para a implantação e operação a se somar aos vários anos paralisadas, ela é extremamente benéfica, econômica, de mais rápida utilização e tecnicamente mais conveniente principalmente para uma região importantíssima em Minas, o Triângulo Mineiro, que de sua divisa com Goiás no município de Itumbiara como Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal, até adentrar ao centro norte de São Paulo na cidade de Colômbia, se irá restaurar, reaproveitar e revitalizar praticamente 100% das malhas paulistas e mineiras existentes rumo ao interior que hoje se encontram ociosas ou subutilizadas, além do fato de terminar exatamente no mesmo local, o município de Panorama, podendo eventualmente ser utilizada para os futuros trens regionais de passageiros, algo que se torna inviabilizado se for mantida a atual proposta original política, ou ainda por Araguari, Uberlândia, Uberaba e Campinas atualmente servidas por uma ferrovia particular, que poderá ser revigorada, uma vez que hoje funciona de forma precária a F C A antiga Mogiana que recentemente devolveu centenas de km de linhas e utiliza a bitola métrica e poderá instalar a mista e que finalmente poderá ter sua ligação consistente com São Paulo rumo ao porto, que é logisticamente mais conveniente, evitando que haja um trajeto inútil “passeio” pelo interior, e mais centenas de km de ferrovias paulistas tenham o mesmo destino das devolvidas pela FCA, ou seja o sucateamento.
    O texto complementar completo referente ao estado de SP pode ser visto em “Abrir os gargalos” na Revista Ferroviária, ou em São Paulo TREM jeito, onde consta um mapa ilustrativo.
    “Como conseguir 700 km de ferrovias a custo mínimo” de Paulo Roberto Filomeno

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