Alckmin defende volta de ramais de trens

11/04/2011 - Todo Dia

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu um projeto de integração entre os modais rodoviário, ferroviário e aeroportuário à Hidrovia Tietê-Paraná, entre Piracicaba e Conchas.

A medida exigiria a reativação do ramal Piracicaba-Nova Odessa - que liga a cidade à linha principal - e foi discutida entre o secretário de Logística e Transporte do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em uma reunião ontem em Brasília.

Segundo Alckmin, a intermodalidade reduziria os custos de escoamento da produção agrícola e das empresas paulistas. "Esse projeto traz a hidrovia para uma distância de 15 quilômetros da linha férrea. Isso significa uma economia de R$ 5 por tonelada no frete", afirmou. A declaração foi dada durante o evento que marcou o início das obras de duplicação do contorno rodoviário de Piracicaba (leia texto abaixo).

A reativação do ramal foi anunciada em 2009 pela ALL (América Latina Logística), concessionária da malha paulista, mas enfrentou a resistência de prefeituras da RMC (Região Metropolitana de Campinas) para a utilização do traçado atual, que parte de Nova Odessa e corta Americana e Santa Bárbara dOeste. Os prefeitos sugerem a transposição para áreas rurais.

A ALL administra e opera 11 quilômetros de linhas férreas em Nova Odessa (parte em utilização, parte não), 11 em Sumaré (em utilização), 14 em Americana (em utilização), 18 em Santa Bárbara (desativados) e 22 em Piracicaba (desativados).

TRÁFEGO

Segundo o secretário de Segurança Pública e Trânsito de Santa Bárbara, Eliel Miranda, a reativação obrigaria a prefeitura a fazer uma reestruturação no tráfego da cidade, que passaria a contar com oito passagens de nível em que os veículos teriam de esperar a passagem dos trens.

Já em Nova Odessa, um dos principais impactos seria o congestionamento de veículos na passagem em nível do ramal sobre a Rodovia Astrônomo Jean Nicolini, que liga Nova Odessa a Americana.