Obra do TAV deverá criar até 72 mil empregos



15/07/2010 Transporte Idéia
O projeto de implantação do trem-bala que ligará São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro (trem de alta velocidade - TAV) deve gerar, até 2050, cerca de 72 mil novos postos de trabalho. Esta é a estimativa prevista no estudo de viabilidade encomendado pelo Governo Federal. Entrevistado pelo “Jornal da Tarde”, Carlos de Faro Passos, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e consultor na área de infraestrutura, afirma que a construção civil será o setor que mais necessitará de mão de obra inicialmente. E as necessidades englobarão desde engenheiros até pedreiros para a execução da obra. Apenas no período de construção, a oferta de empregos deve ser de 12 mil vagas para o canteiro de obras, fabricação de equipamentos, além de postos relacionados ao suprimento de materiais de construção, por exemplo.
O estudo prevê, durante os 10 primeiros anos de operação, 30 mil postos de trabalho, sendo 23 mil no estado de São Paulo, devido ao aumento do tráfego e o desenvolvimento de zonas comerciais. Tais vagas estão relacionadas a serviços nas áreas de comércio, transporte, indústria e logística. Já no longo prazo, por volta de 2050, a estimativa é de mais 30 mil novos empregos, resultantes das mudanças na economia regional, como a entrada de novas empresas no mercado e a ocorrência de novas atividades econômicas. Empresas do ramo industrial e de consultoria também devem se beneficiar com o projeto.
O edital de concessão do trem-bala foi divulgado nesta terça-feira no site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o leilão está marcado para o dia 16 de dezembro, em São Paulo. A obra tem custo estimado de R$33,1 bilhões, dos quais R$ 19,9 bilhões devem ser financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).