Classificação de vias e uso de fixações são debatidos

09/08/2012 - Revista Ferroviária

O uso de fixações elásticas e a classificação de vias foram temas dos últimos trabalhos do 2º Encontro Nacional de Tecnologia Metroferroviária que foi realizado nesta terça (07/08) e quarta-feira (08/08), na Escola Politécnica da USP, em São Paulo.

O técnico de sistemas metroviários especializado do Metrô de São Paulo, Ednei Luiz Lomazi, apresentou um trabalho sobre os requisitos construtivos e funcionais das fixações elásticas.  Ele explicou que as normas de fixações estão começando a ser discutidas e é necessário avaliar as necessidades das operadoras. Uma das preocupações apresentada foram os procedimentos para a instalação das fixações. Ele citou como exemplo folgas entre as fixações e os componentes da via que reduzem a vida útil dos equipamentos.

O coordenador de engenharia da MRS Logística, Leonardo Souza Soares, fez uma apresentação sobre a classificação de vias em função do uso, velocidade e restrições.  Soares explicou que o Brasil segue normas norte-americanas e europeias e que necessita de uma padronização própria.  Ele citou que a falta de padronização encarece os custos da operação, já que os fornecedores precisam fazer produtos específicos para cada ferrovia ou sistema. 

No encerramento do evento, o assessor do Simefre e gestor do CB06, Pascoal De Mario, destacou a necessidade das ideias propostas no Encontro de Tecnologia serem levadas adiante.  “Se nós não batalharmos por aquilo que é nosso, vamos perder o bonde novamente”.

O diretor da Revista Ferroviária, Gerson Toller, comentou que o Brasil avança para a interoperabilidade e que a padronização das normas é necessária.

O vice-presidente da Abifer e diretor da Alstom, Luiz Fernando Ferrari, lembrou que durante elaboração do projeto para o VLT da Baixada Santista as empresas tiveram dificuldades para definir as normas que seriam adotadas.